Em um ano conturbado na política, na economia, no meio ambiente, ainda em crise sanitária em vista da Covid19 no mundo e que no Brasil foi o estopim para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal para investigar o Ministério da Saúde no enfrentamento à pandemia, a edição desse ano do Grito dos Excluídos e Excluídas voltará a tomar as ruas do país no próximo dia 7 de setembro, terça-feira. No Rio Grande do Sul, o evento de protesto ocorre na Região Metropolitana de Porto Alegre e cidades do interior (programação abaixo). Na Capital, a atividade iniciará às 11h na Redenção, com um ato ecumênico próximo ao espelho d’água. O ato será também em memória às vítimas da Covid19. Logo após uma caminhada está prevista até o Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa.
O tema é A Vida em Primeiro Lugar, em alusão aos retrocessos e aos movimentos antidemocráticos que assolam o país e terá como lema Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já! que faz referência aos desmontes dos direitos e das políticas públicas. No Rio Grande do Sul foi constituído o Fórum RS do Grito que conta com a participação e colaboração de várias entidades, movimentos sociais; centrais sindicais; partidos políticos; pastorais; diferentes denominações religiosas (católicos, luteranos, anglicanos, espíritas, etc.) além de outras organizações da sociedade civil. O Grito também está apoiando a organização do Plebiscito Popular sobre as Privatizações que ocorrerá entre 16 e 23 de outubro.
CNBB – A proposta do Grito dos Excluídos e Excluídas surgiu em 1994, a partir do processo da 2ª Semana Social Brasileira, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema era Brasil, alternativas e protagonistas, inspirada na Campanha da Fraternidade de 1995, com o lema: A fraternidade e os excluídos. Entre as motivações que levaram à escolha do dia 7 de setembro para a realização do Grito estão a de fazer um contraponto ao Grito da Independência. O primeiro Grito dos Excluídos e Excluídas foi realizado em 1995, tendo como lema A vida em primeiro lugar, e ecoou em 170 localidades. A partir de 1996, o evento foi assumido pela CNBB que o aprovou em sua Assembleia Geral, como parte do Projeto Rumo ao Novo Milênio (PRNM - doc. 56 nº 129). A cada ano, se efetiva como uma imensa construção coletiva, antes, durante e após o 7 de setembro.
Mais do que uma articulação, o Grito é um processo, é uma manifestação popular carregada de simbolismo, que integra pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Ele brota do chão, é ecumênico e vivido na prática das lutas populares por direitos. A proposta não só questiona os padrões de independência do povo brasileiro, mas ajuda na reflexão para um Brasil que se quer cada vez melhor e mais justo para todos os cidadãos e cidadãs. Assim, é um espaço aberto para denúncias sobre as mais variadas formas de exclusão.
A CNBB organiza juntamente com outras igrejas, expressões religiosas, movimentos e entidades, representativas de variados segmentos sociais e chama a todos para participar (ver carta CNBB no link https://www.gritodosexcluidos.com/cartacnbb).
Serviço (Porto Alegre)
O que: 27º Grito dos Excluídos e Excluídas
Quando: 7 de setembro de 2021
Local: Redenção, espelho d’água
Hora: 11h (ato ecumênico) e às 13h30 caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares
Programação interior do RS
Passo Fundo
14h – concentração na praça da Capitão Jovino (praça da Imed). Cada organização levará suas pautas específicas e as gerais em cartazes e faixas. Da praça será feito uma caminhada até a Gare da Viação Férrea, lá terá um ato.
Caxias do Sul
14h - caminhada em defesa do patrimônio público, no Bairro Fátima. Concentração em frente à EMEF Castelo Branco. Pontos de parada: 1º UBS, 2º Represa do Complexo Dal Bó, 3º Instituto Federal de Educação. Haverá nesse dia uma campanha de arrecadação de alimentos para serem doados às famílias em dificuldades.
Santa Cruz do Sul
9h – ato de celebrativo – Praça do bairro Santa Vitória (Av. David Severo Mânica)
Santa Maria (dia 4 de setembro, na Feira de Economia Solidária)
8h30 – Motivação e chamada para o Grito.
9h30: Início do Ato
Local: Feira da Economia Solidária – Espaço Rádio Vozes da Esperança (João Veigas)
Vacaria
14h 30 – Concentração na praça Santa Teresinha
15h – Passeata por blocos até o Parque da Gare
15h30 -Concentração ato simbólico no parque
16h - Após o ato, caminhada até a esquina da Cel. Chicuta e encerramento (dispersa na esquina).
Pelotas
8h - Concentração para saída do comitê interreligioso em frente à Paróquia São José no Bairro Fragata.
9h - Aldeia Indígena Kaingang Gyró - Colônia Santa Eulália - Indígenas Kaingang
10h30 - Canteiro central da Duque de Caxias em frente à Paróquia São José - Cebs Fragata
11h15 - Py Crespo - Associação
11h45 - Vila Santos Dumont (vila das Corujas) atrás Presídio Regional - Periferia Viva
12h30 - Centro de desenvolvimento Dunas (CDD loteamento Dunas) - coordenação do CDD.
13h - Condomínio Jardim do Obelisco - Oficina periferia Viva
13h30 - Estrada do Engenho (Passo dos Negros - participação Indígenas Guarani - CUT
15h - Ato FORA BOLSONARO! - Concentração Largo Mercado Central -(levar 1 kg de alimento)
Texto do site Extra Classe, sobre o evento: Grito dos Excluídos unifica movimentos sociais por direitos no 7 de setembro
Texto: Ascom - Cáritas RS
Imagem: CNBB