A Cáritas Regional do Rio Grande do Sul participou nos dias 10 e 11 de junho da Assembleia Regional da Ação Evangelizadora (ARAE). A Assembleia, que reuniu representantes das Dioceses e dos vários segmentos da Igreja do RS, dedicou a tarde desta quinta-feira (10) para escutar as pastorais, organismos e demais grupos que compõem o Regional Sul 3.
Sobre a partilha realizada, o presidente do Regional Dom José Gislon afirmou: “Este é um momento muito importante, que nos proporciona ouvir os coordenadores dos Organismos, das Pastorais Sociais e dos Movimentos que formam o nosso regional, com a finalidade de dar voz para que expressem suas dificuldades e desafios. Queremos estar em comunhão, pois juntos formamos esta nossa Igreja no Rio Grande do Sul”, ressaltou.
A tarde de partilha foi coordenada pelo Pe. Edson André Cunha Thomassim, coordenador da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Socio Transformadora. Na ocasião, Roseli Dias, da Cáritas RS e da coordenação Estadual da 6ª Semana Social Brasileira, apresentou uma síntese das atividades realizadas no estado.
Na síntese do encontro, construída a partir dos diálogos por Províncias Eclesiásticas e grupo das Pastorais Sociais Estadual, foram apontadas, entre outras questões, a preocupação com o contexto político, econômico e social do país e seus reflexos na vida do povo, com destaque para as mortes por covid no país, o desemprego, a fome e seus impactos na vida das comunidades.
Em sua fala final, Dom Aloisio Dilli enfatizou a importância de avançarmos na compreensão do papel do leigo na sociedade, em todos os espaços, citando como exemplo a atuação na política. Também afirmou que além de rezar pelo fim da pandemia precisamos atuar na sua prevenção “usando máscaras, álcool em gel e distanciamento social”.
Avaliando o encontro, Pe. Edson disse: "gostaria de destacar duas dimensões: a questão das pastorais sociais e o tema da Assembleia, que é Comunidade Eclesial Missionária. Primeiro, do ponto de vista da missionariedade, as Pastorais, os Organismos, os serviços na dimensão da solidariedade, da caridade, da luta pela justiça, de algum modo elas estão percorrendo o caminho da missão, ajudando, colaborando, refletindo na missão de evangelizar nessa perspectiva da fé encarnada comprometida, responsável pela ação transformadora no mundo. A outra dimensão é a responsabilidade. Nós, Pastorais Sociais, Organismos, forças de ação solidária transformadora, temos a responsabilidade ainda maior, de sermos ainda mais sinais de comunitariedade entre os cristãos, onde bebendo da mística e da solidariedade sejamos capazes de dar o testemunho nas comunidades, nas paróquias, nas dioceses, no Regional como um todo, mas também a responsabilidade da confiança depositada", disse.
Além disso, Pe. Edson ressaltou que a Assembleia destacou bastante a atuação das Pastorais. "Deram bastante espaço, valorizaram, houve vários depoimentos das províncias eclesiásticas, os serviços das Pastorais Sociais, e isso a nós, acarreta ainda mais responsabilidade para continuarmos em curso com as ações da 6ª Semana, com as ações de incidência da solidariedade e a articulação conjunta", destacou.
Para o Pe. Edson, é preciso, de um modo geral, que essa experiência seja responsável para o engajamento e fortalecimento da igreja no Rio Grande do Sul. "Nesse sentido, reconhecimento e responsabilidade vem também com uma tarefa evangelizadora, missionária e vocacional. Que a gente fortaleça a presença de novos agentes, pessoas engajadas e comprometidas com essa dimensão da nossa Igreja com o exercício da nossa fé", completou.
Dom Silvio Guterres, Bispo de Vacaria e referencial da Cáritas RS, destacou na sua avaliação do evento, "a presença das pastorais sociais que tiveram um espaço privilegiado na Assembleia por poder apresentar seus trabalhos, e todas elas demonstraram alguma iniciativa na direção do socorro imediato às pessoas que passam fome, que mais têm dificuldades nessa pandemia. Senti-me contente com tudo que vi e ouvi. O conjunto da Assembleia ficou impactado pelas tantas pastorais do Estado, muitas que nem eram conhecidas e que a partir da Assembleia passam a ser. Ganhamos muito em termo de acolhimento e assumimos o compromisso de não baixarmos a guarda e seguirmos nosso trabalho".
Participaram do evento, pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora: Pastorais Sociais do Migrante, Afro, AIDS, Surdos, Menor, Criança, Carcerária, Saúde e Sobriedade; Cáritas Regional RS, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho indigenista missionário (CIMI Sul), Grito pelo Vida e JPIC /CRB/RS, além das Pastorais Sociais que estão em estruturação: da Ecologia, Operária e Nômades.
Assista aos vídeos do evento: